sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Idas e vindas da vida.

Há alguns anos atrás fiz uma viagem de ônibus a Belo Horizonte, uma viagem que duraria no máximo 14 horas acabou em 24. Houve uma grande enchente e infelizmente as lindas paisagens foram submersas, casas, empresas e matas embaixo da água, aquelas paisagens escondiam perdas, lágrimas, dor, desespero, sonhos, suor, desejos, ótimas recordações de famílias, festas de casamentos, comemorações de nascimentos... Hoje, olhando pra trás vejo que nossas vidas se assemelham ao quadro narrado. É como se estivéssemos num ônibus, passamos por belas paisagens, de sorrisos, encontros, conquistas, reencontros, de novidades, mas na próxima esquina, nos deparamos com os desencontros, com as perdas, com a frustração, com o desafio de recomeçar, reconquistar, de lutar, sonhar e acreditar. E para onde vamos? Onde é o ponto final? Essas perguntas muitas vezes nos assombram. Agora pergunto como chegaremos à linha de chegada? Não me refiro a bens ou posses, mas como? Com o coração leve ou amargurado, rancoroso? Com uma bagagem de lutas e superação, transformação? Ou um fardo de lamúrias, de inúmeras desistências, de ausência de fé e julgamentos? Como terminaremos nossa vida aqui nesse mundo? Com muitas pessoas magoadas conosco e que certamente não sentirão nossa ausência? Fique com os conselhos de Jesus Cristo, nas palavras abaixo:
“E lhes proferiu ainda uma parábola, dizendo: O campo de um homem rico produziu com abundância. E arrazoava consigo mesmo, dizendo: Que farei, pois não tenho onde recolher os meus frutos? E disse: Farei isto: destruirei os meus celeiros, reconstruí-los-ei maiores e aí recolherei todo o meu produto e todos os meus bens. Então, direi à minha alma: tens em depósito muitos bens para muitos anos; descansa, come, bebe e regala-te. Mas Deus lhe disse: Louco, esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens preparado, para quem será?” Lucas 12:16-20. (reflexão compartilhada por Luciane Fabiane dos Santos)