segunda-feira, 18 de abril de 2011

Confiança


                                                   

Meu filho tem um ano e dois meses, já anda por tudo e como toda criança gosta de mexer em tudo, o que deve e  não deve. Para impedi-lo de se machucar  eu e minha esposa procuramos deixá-lo livre pela casa, porém nas partes que oferecem perigo colocamos uma barreira para que ele não ultrapasse o limite, assim não precisamos ouvir os choros, acudi-lo e cuidar dos machucadinhos. No entanto, Daniel é fascinado pelas coisas que lhe oferecem perigo, ele não tem noção de nada, já tenta nos manipular para que façamos  suas vontades, e quase somos convencidos, mas nos mantemos firmes em nossas decisões, para o bem dele. Em reflexão, percebi que curiosamente temos uma atitude parecida em relação a Deus, as vezes encontramos barreiras em nosso caminho e logo tentamos ultrapassá-la, porém por mais que nos esforcemos elas continuam lá, então questionamos a Deus, fazemos orações com palavras “seletas”, votos e coisas para tentar agradá-lo, a fim de que Ele conceda nossos pedidos. Lendo isso talvez um pequeno sorriso surgiu em seu rosto. Realmente temos as mesmas reações que os pequeninos, porém cabe a nós confiar que o PAI tem o melhor para seus filhos e algumas barreiras são colocadas por Ele, pois não temos estrutura para lidar com tudo aquilo que queremos, mas é possível que se crescermos e amadurecermos, no tempo certo receberemos não somente aquilo que pedimos, mas muito mais, porque a vontade de Deus é boa perfeita e agradável.
Não posso deixar de lhe convidar a refletir e se preciso for organizar seus pensamentos, confiar em Deus e permitir que ele cuide de você, pois ele vê aquilo que você não consegue ver. Podemos orar assim: Meu PAI que estás nos céus, reconheço que não sei de tudo o que preciso, mas o Senhor conhece, apazigue meu coração e sentimentos, com tua mão me guie em caminhos retos, que levem a ti e me traga a verdadeira felicidade.Ensina-me a confiar no teu amor paterno, minha vida está em tuas mãos, faz dela o que quiseres. Dá-me força, sabedoria e equilíbrio para lutar onde queres que eu lute e descanse  onde preciso descansar! Amém.
“Qual de vocês, se seu filho pedir pão, lhe dará uma pedra? Ou se pedir peixe, lhe dará uma cobra? Se vocês, apesar de serem maus, sabem dar boas coisas aos seus filhos, quanto mais o Pai de vocês, que está nos céus, dará coisas boas aos que lhe pedirem!”. Mateus 7:9-11 (NVI)    


terça-feira, 5 de abril de 2011

Referência




Você já notou que geralmente usamos as pessoas como referência naquilo que é bom ou ruim? dificilmente usamos a nós mesmos para que os demais sigam os bons exemplos, francamente não sei se isso é modéstia ou puro medo de assumirmos a responsabilidade de sermos referência e influência para os que estão a nossa volta, visto que os olhos alheios terão uma ótica mais crítica a nosso respeito.
Essa é uma bela lição que o apostolo Paulo nos ensina, ela chama para si a responsabilidade para que os Cristãos de Corínto o vejam como um referencial na caminhada cristã, ele diz: Sede pois meus imitadores como sou de Jesus Cristo. Essas palavras transcendem a falsa idéia do cristianismo baseado apenas em palavras, mas sim na atitude e na imitação daquele que foi perfeito. Vale a pena lembrar que Paulo diz sobre si mesmo como o mais miserável dos homens, se incluindo no velho dilema dos cristãos, o bem que quero fazer não faço mas o mal que não quero esse o faço , ele reconhecia suas fraquezas, chegando a afirmar de um espinho na carne que o flagelava, era porém sábio e inteligente, suas palavras ecoam até hoje nas frases de religiosos, filósofos, músicos, pintores , políticos...
Sua confiança porém não estava na sabedoria ou força humana, ele afirma isso ao escrever a igreja de Corinto, mesmo assim Paulo chamou para si a responsabilidade de ser uma influência e referência para os cristãos de sua época, mesmo conhecendo suas limitações e reconhecendo suas fraquezas . Ele não tinha medo de errar ou fracassar diante das pessoas, nem do julgamento das mesmas se ele fracassa-se , acredito que ele tinha essa audácia por dois motivos, primeiro ele escreve aos romanos que se Deus justifica o homem quem poderá condená-lo? Segundo ele relata aos Filipenses sua condição perante Deus e aos homens, que se esquecendo das coisas que para traz ficaram ele avançava para o alvo, afim de ganhar o prêmio que é Jesus.
Você já deve ter visto em alguma  modalidade esportiva em que o atleta em sua corrida rumo ao prêmio , se perde e cai, na torcida não queremos saber se lhe faltou técnica ou força, queremos que ele se levante, mostre seu compromisso com a prova e continue a corrida... que sejamos uma referência ao nosso próximo, não por que caímos mas por que nos levantamos e continuamos a corrida que nos está proposta, continuamos a imitar nosso mestre Jesus nas boas obras, no olhar e falar puro, sem se entregar a maldade que nos rodeia, ainda que erremos ou venhamos a cair, existe alguém na torcida para que nos levantemos e prossigamos para o alvo. Já disse alguém , “ninguém será julgado por cair, mas por não se levantar”