segunda-feira, 25 de julho de 2011

Simplicidade, a graça que pode perder a “graça”.

 
Isso, isso, isso, isso...
Tá legal!!!
Se assiste televisão, já ouviu essas frases prontas no seriado Chaves exibido no canal televisivo SBT. Uma produção pobre, originada no México, não apresenta recursos tecnológicos que conhecemos hoje, entre eles os efeitos especiais, mesmo assim chama a atenção de milhares de pessoas que assistem ao programa do menino pobre que sempre está aprontando alguma com seus amigos e sempre usa piadas já esperadas. O interessante é que quem assiste e ri já conhece as piadas e já espera o comportamento dos personagens em determinadas cenas. Particularmente, uma das cenas que mais gosto é quando o Quico diz “Tá Legal” ou quando dá aquelas risadas escandalosas que somente ele consegue.
Só para ter uma noção, o programa Chaves foi ridicularizado por muitos, criticado por outros, e hoje, após quarenta anos de sua estreia ainda é passado nas emissoras de aproximadamente vinte e sete países.
Talvez a pergunta seja pertinente: Por que e como um programa consegue tanto sucesso e permanece no ar por tanto tempo?
O real motivo por ter se alcançado tamanha aceitação pode ter várias respostas, mas particularmente cito que a simplicidade do programa é que faz e fez toda a diferença. Prova é que está no ar até hoje e move milhares de fãs a pararem o que estão fazendo para assistirem aos episódios repetidos. Claro que há muitos que não apreciam, mas se nem Jesus agradou a todos e nem agrada até hoje – vamos fazer uso desse dito para não nos esquecermos dos contras – quem dirá o Chaves.
Consegue-se perceber a força de algo simples?
Poderíamos usar a conjunção “se” e criamos hipóteses para assimilarmos melhor a temática do texto e outras perguntinhas cretinas:
Se o Chaves fosse cheio de efeitos especiais teria alcançado mais sucesso ou teria sido esquecido pelo decorrer dos anos?
Se a sua estréia fosse no atual século teria tanta repercussão e tantos seguidores?
Falando em seguidores, pessoas colocariam no “Twitter” que assistiram o primeiro episódio da série ou diriam que estariam ansiosos para isso?
Quantos seguidores teriam o “Twitter” intitulado Chaves Oficial?
Comunidades seriam criadas no “Orkut” ou “Facebook”?
Você pode até responder, mas como disse, são hipóteses.
E trabalhando com a hipótese negativa e trazendo ela para a realidade, acredito que não seria um grande sucesso.
Ai pessoas perguntariam rapidamente: Por quê?
Simplesmente responderia: A maioria das pessoas perderam a simplicidade e se apegaram ao deplorável costume de complicar as coisas. Tudo complicam, até mesmo o simples evangelho de Cristo.
Falando em Evangelho, como o homem, mulher, criança, jovem, velho gostam de complicar o que o próprio Deus deixou para nós.
Ah, já vai falar de coisa de crente, sabe que eu não gosto disso, alguns podem falar ou pensar quando lêem esse pequeno e singelo texto, e para falar a verdade, nem eu gosto muito desse povo, sabia? Oh povo que gosto de complicar, torcer, distorcer, retorcer, remoer, falar, bajular, mentir, chorar, orar, cantar, dançar (claro, se isso não for contra a sua liturgia e a doutrina que lhe foi imposta e aceita por você), enfim, por ai vai e volta.
Mas se pararmos para analisar bem, por que complicamos tanto quando na verdade não precisamos complicar a verdade?
Aqueles eruditos e filosóficos podem questionar: O que é a verdade?
Respostas de crente: Jesus é a verdade.
Respostas de estudiosos ou que enganam pelo menos: A verdade é subjetiva.
Concordo com as respostas e se tiver alguma outra que queira compartilhar, compartilhe comigo. Ok?
Ah, você aceita tudo tão fácil. Não. Apenas gosto de ouvir o que os outros têm a dizer a respeito. Tão SIMPLES, não? Se muitos ouvissem e respeitassem a opinião alheia, mesmo não condizendo com a sua formação ideológica, simplificaríamos o percurso de debates infindáveis. Tá ai, vejo que complicamos porque não gostamos de ouvir o outro, queremos ser ouvidos, mas quando é para ouvir deixamos essa tarefa para o próximo. Somos donos da verdade mesmo sem saber defini-la. Verdade essa que afirmamos quando pregamos e reafirmamos que vivemos. Mas será que vivemos mesmo? Jesus disse para amarmos o próximo como a nós mesmos. Amamos? Ah, se pudesse daria minha casa aos pobres só para vê-los felizes. Mentira. Está certo, forcei a barra, mas em 98% das palavras que dizemos sobre dar e amar não medimos a conseqüência nem a grandiosidade de tal atitude, sem falar na renúncia.
Sem mais delongas faço um pergunta simples: Quer ser simples? Caso tenha respondido positivamente essa é minha resposta: seja sincero. Deus sempre apreciou isso nos homens. Davi era exemplo sim de adorador, mas vejo que a atitude que mais agradava a Deus era a sinceridade e a SIMPLICIDADE no relacionamento. Tome isso como exemplo e traga para a sua vida com as pessoas. Para não estender muito o nosso elo temporário que foi intermediado por esse plano de expressão, texto, sejamos mais Chaves, não no sentido de ingênuos ou arteiros, mas simples. Se não mudarmos, a graça vai perder a “graça” para aqueles que nos observam no dia-a-dia. Reflexão compartilhada por
Alessandro Fagundes Matos

Nenhum comentário:

Postar um comentário